A apoptose, onde ocorre a morte celular programada como
parte de um processo normal, muitas vezes é um benefício para o organismo,
servindo como um mecanismo de defesa. A célula recebe um sinal para se
autodestruir , encolhe de tamanho, quebra a cromatina em pedaços e se torna
facilmente fagocitada. A morte por apoptose não provoca inflamação. Ao
contrário, a necrose, morte celular geralmente por falte de oxigênio, por
microrganismo patógeno ou por substância tóxica faz com que as células se
rompem e lancem seu conteúdo para o meio extracelular promovendo resposta
inflamatória nos tecidos vizinhos. As células e as organelas aumentam de volume
ocorrendo a ruptura da célula. As células frequentemente praticam o
suicídio, apoptose. Esta capacidade é essencial para o próprio funcionamento do
organismo. Uma falha neste mecanismo pode estar por trás de muitas
doenças.Durante o processo de apoptose, não ocorre um inchaço ou aumento de
tamanho nas células, como na necrose. Em vez disso, as células moribundas,
primeiro encolhem e se destacam das células vizinhas. Logo em seguida começam a
aparecer bolhas nas superfícies dessas células, que desaparecem e reaparecem
prontamente. As organelas internas retém as suas estruturas, mas o núcleo, que
na necrose sofre pouca alteração, muda drasticamente na apoptose. De maneira
conspícua o núcleo começa a dispersar, e a cromatina (o DNA cromossômico com
suas respectivas proteínas) a se condensar em uma ou mais bolhas, próximas ao
envelope nuclear.Neste ponto as células apoptóticas são frequentemente
ingeridas pelas células vizinhas incluindo os macrófagos, presentes em todos os
tecidos sem incitar uma resposta inflamatória. Células moribundas que não são
consumidas podem sofrer novas mudanças: tipicamente o núcleo se fragmenta e as
células de dividem em muitos "corpos apoptóticos" que podem conter
uma peça ou duas do núcleo. Como antes, esses corpos são removidos de maneira
silenciosa.De maneira interessante certas células que sofrem morte programada
não são devoradas prontamente; elas persistem por um longo tempo ou mesmo
indefinidamente. O cristalino do olho, por exemplo, é constituído por carcaças
de células, as quais tiveram o seu conteúdo citoplasmático substituído pela
proteína cristalina, durante o processo de morte programada (apoptose). Na pele
células chamadas de queratinócitos são geradas pelos seus precursores numa
camada deste tecido: tais precursores migram então para a superfície, formando
camadas de células mortas. Diferente do cristalino eles substituem seus
conteúdos por queratina e adquirem impermeabilidade à água. Tais células mortas
formam a camada protetora da pele e frequentemente sofrem descamação, sendo
substituídas por outras.
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